31 de dezembro de 2011

Que trará o novo?


    ÚLTIMO DIA DO ANO, será que isso realmente significa alguma coisa pra alguém? Começar, recomeçar, dar continuidade. Essa era ideia da chegada do novo ano. Que será que aconteceu? Qual foi a parte da história que perdi? Acho que dormi, e acordei num mundo assim, como está: sem fé, sem amor, com muita festa, muita bebida, muita violência, e quase sem Deus. Sinto falta dos abraços sinceros, dos votos verdadeiros, das pessoas de verdade. Tempo que não volta, valores que se perdem, a humanidade que se destrói. Não estou triste, talvez decepcionada. Posso até parecer pretensiosa, mas esperava mais do "bicho homem". Falo aqui é de SAUDADE, ou NOSTALGIA. Sabe como é, né!? Bons momentos, que só voltam porque temos "memória", uma sensação de que um dia TUDO o que foi bom, irá existir apenas nos meus pensamentos. 

Andrezza Mascarenhas

11 de dezembro de 2011

Alforria da Solidão


    Lembra do abismo!? Quando o anunciei, ele já existia entre nós. Sensação tardia. Meu foco não era o erro e sim o motivo, meu coração retardou a percepção da razão. Perdi-nos, e só vi, quando estávamos sem. Não houve desligamento, e sim fracasso total. Estava para ruir, eu vi ruir. Ia doer muito mais. Precisei ser radical. Seu medo, meu medo. Era isso o tempo todo: um revezamento de lembranças, dores, cicatrizes.

Parti. 
Com as mil razões da covardia, não quis justificar minha partida. Não deixei carta, bilhete, aviso prévio, sinal algum. Fugi. Fugi de tudo que nos levasse a sós, quis com todos, mas só. Fugi. Mais fácil não ter que dizer, se só de olhar, você saberia.

Arrombei o abismo. 
Já que ele teria de existir, que fosse imenso. Não resisti. Sou você, você sou eu. Sabe o que quero dizer. De tudo, ha um tudo seu em mim, e um tudo meu em você. Esse e o elo. Burrice. Distancia afasta os corpos, as almas não contam tempo, espaço, limites. 

Parei. Pensei. Te feri. 
Me feri duplamente, continuei. Teimosia. Persistência burra. Sacrifício descabido. Isenção irracional. Nomes, e mais nomes. Classifiquei cada gota de lagrima minha, e me culpei pelas suas. A culpa foi minha mesmo, não foi!? Não quero saber. Tenho medo da sua razão persistente, do seu poder de domínio sobre a verdade, da certeza que tem ao afirmar. Te admiro.

Fucei a memória. 
Catei tudo o que foi bom. Criei um elo "saudável" entre amor e ódio, uma aliança positiva entre dor e saudade. Te vi seguir. Me despedi de longe. Assisti teu sucesso. Quis dizer "eu sabia, sempre soube". E a sorte!? Não era eu. O tempo todo foi sua, somente sua. Fruto da implicância peculiar consigo mesmo. Vontade de ir ali, e depois lá, voltar, ficar, desistir, perder o foco, retomar, e dar em lugar nenhum, mas ainda no mapa.

Pode me odiar. 
Vai ser só a sua boca mesmo. O coração, te impede. Isso basta. Também não te condeno, eu teria uma raivinha de mim também. Eu vou amar. Você também. Eu vou falar. Você vai reter. Jamais iremos esquecer. Odeio telefone. Livros, ainda amo. Do café, só amo o cheiro. Ainda curto desaparecer, por desaparecer. O triste ficou engraçado. Não vejo. Não ouço. Não quero. Ainda sei tudo de você.

Andrezza Mascarenhas

7 de novembro de 2011

Luto Geral ✝


    Na madrugada do dia 06/11/2011, o repórter e cinegrafista Gelson Domingos, de 46 anos, foi atingido por um tiro na Favela de Antares (Zona Oeste - RJ) enquanto cobria uma operação da polícia contra o tráfico de drogas. Gelson foi socorrido, e levado a UPA de Santa Cruz (unidade de saúde mais próxima do local), mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Ele foi um dos cinco mortos nessa operação, mais uma vítima do tráfico, uma das muitas que sofrem por isso direta ou indiretamente, todos os dias. Dessa vez, não era "só mais um Silva, que a estrela não brilha" e sim um repórter reconhecido por seus trabalhos, e que atualmente prestava serviços à TV Bandeirantes. Houve mobilização da mídia, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro falou que "a cobertura da violência só fica mais perigosa com a política de enfrentamento do Estado e a utilização de armas cada vez mais poderosas". Tráfico. Violência física. Violência psicológica. Coação. Morte. Governo. Políticas de Segurança. Políticas de Enfrentamento. Violência física. Violência psicológica. Coação. Morte. UPP. Governo. À família e amigos, meus sentimentos. Aos jornalistas, minha admiração. Ao povo, nosso medo. À Deus, gratidão por ter tido mais sorte.


Andrezza Mascarenhas

28 de outubro de 2011

Carta Aos "Esquecidos"

  Perdoar. A palavra grega traduzida como "perdoar" significa esquecer, cancelar, remir. Às vezes, para perdoarmos verdadeiramente alguém que nos feriu muitas vezes, precisamos "esquecer" de tudo. Entenda que quem perdoa, esquece dos nossos erros e não de nós, é Deus; o mesmo Deus que diz "vá, e não peques mais". A misericórdia do Pai é infinita, mas a do homem não. A parte de nós que pertence ao mundo não nos permite. Somos semelhança, e não igualdade. Martin Luther King diz que "aquele que é incapaz de perdoar, é incapaz de amar”, então não é que eu tenha esquecido ou deixado de amar, acontece que perdoei. 

Andrezza Mascarenhas 

24 de outubro de 2011

Permita-se Escolher


    Certa vez alguém disse que “não se pode ter tudo”, e tenho meia certeza de que muitos chamaram essa pessoa de pessimista, ou algo do gênero. O ser humano é, naturalmente, guloso e um pouco egoísta; a maioria não se importa em dividir, com tanto que fique com a melhor fatia. Compreendeu-se mau o sentido matemático de “divisão”, e aí vieram as “frações”, “equivalências”, “proporções”, “equidades”, que nada mais são do que“ formas justas” usadas para explicar porque “uns com tanto, e outros com tão pouco”. É normal da espécie “querer tudo”, daí partimos para outra citação comum, onde se diz que “querer, nem sempre é poder”. No fundo, todo mundo sabe que não dá para ter todas as coisas que nos convém. Admitir isso é a mesma coisa que aceitar o fato de que a vida nos fará optar o tempo todo, e nos torna responsáveis por boa parte do sucesso, ou não, de tudo aquilo que diz respeito a nós mesmos.
    Escolher, taí uma coisa que dá trabalho. E quando não é bem feita, dá mais trabalho ainda lidar com as conseqüências. Tentar não escolher é pior. Neutralidade, também é uma escolha. Somos forçados a decidir entre isto ou aquilo, o tempo todo. Algumas vezes, somos forçados a escolher entre o que somos, o que não somos, e o que deveríamos ser. O nome disso não é “crise de identidade”, e sim AMADURECIMENTO. Escolher, também significa sacrificar. Por vezes, precisamos abrir mão de determinados conceitos, valores, sentimentos, apegos, para nos permitir conhecer/alcançar novos horizontes, e só assim alcançar o conhecimento que é preciso para seguir adiante. Não se consegue vitória, sem sacrifico. Medir o que vale sacrifício e o que deve ser sacrificado, também não é uma tarefa fácil. Ajuda começar sacrificando tudo que nos prende ao passado que corrói, e não constrói. Normalmente são as lembranças, frustrações, ausências, presenças, saudades. Abrir mão de coisas assim, pode ser como perder um braço no começo, mas não se desespere, o futuro é impagável.
    A coragem, anda junto com o ato da “escolha”. Qualquer decisão tomada, é proporcional a nossa capacidade de enfrentar as conseqüências, ou não, disso no futuro. De qualquer forma, a vida não é para os fracos. Ela não pergunta se você agüenta, ela testa sua capacidade de suportar. Viver não é fácil. Escolher, errar, seguir, alcançar, esperar, não receber, dar demais, ter de menos, tudo isso compõe a lista dos muitos verbos e ações que todos terão de experimentar ao longo da vida, e ter medo não é feio/errado/vergonhoso, mas ficar parado diante da menor adversidade sim. Seja herói de sua própria vida. Não espere do próximo um reflexo de si mesmo, sempre estará de mãos vazias. Acredite na sua capacidade, não subestime a dos outros. Compartilhe seu conhecimento, absorva o máximo que puder. Seja honesto, corra de gente desonesta. Seja bom, afaste-se de tudo aquilo que não lhe convir ou produzir encanto. Não se permita levar por encantos imediatos, mas apaixone-se perdidamente pelos seus olhos todos os dias. Peça ao dono do tempo – a quem chamo de Deus – que o futuro lhe traga o melhor, mas prepare-se para o pior e receba o que vier, mas quanto as suas escolhas, faça-as, e saiba degustar os frutos de cada uma delas.

Andrezza Mascarenhas

10 de outubro de 2011

Cora Coralina

  A vida tem duas faces: positiva e negativa. O passado foi duro, mas deixou o seu legado. Saber viver é a grande sabedoria. Que eu possa dignificar minha condição de mulher, aceitar suas limitações e me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes, aceitei contradições, lutas e pedras como lições de vida, e delas me sirvo. Aprendi a viver.



8 de outubro de 2011

Caio F. Abreu


      Tenho um amor fresco e com gosto de chuva e raios e urgências. Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente, nuvem que não passa. Me escorrem desejos pelo rosto pelo corpo. Um amor susto. Um amor raio trovão fazendo barulho. Me bagunça. E chove em mim todos os dias. 






6 de outubro de 2011

- - - - - - -


     Casamento. O que é, o que é?

         A vida em comum é a arte de conviver, onde um gesto simples torna-se especial, a mistura das essências é o tempero, o respeito é o principal,  um completa o outro, o sentimento  se ajeita e se decora a face, ilumina os olhos, alegra a alma, distribui sorrisos. É difícil a tarefa de usar o cérebro e o coração na mesma medida. Conciliar ação e reação, mas por amor tudo se completa. A vida é um labirinto de emoções, a autenticidade é a sinceridade da alma.

Lu Nogueira

Fabrício Carpinejar

     Chega um momento em que somos aves na noite, pura plumagem, dormindo de pé, com a cabeça encolhida. O que tanto zelamos na fileira dos dias, o que tanto brigamos para guardar, de repente não presta mais: jornais, retratos, poemas, posteridade. Minha bagagem é a roupa do corpo. 




4 de outubro de 2011

- - - - - - -


    Desperte seus sentidos, permita se viver. Não deixe a sua vida acontecer sem você. A companhia nem sempre é segurança, mas observe que você sempre está "sozinho" no meio da multidão. O amor é oportunidade. Ou você vive, ou não. Entregar-se intensamente não significa que será eterno, mas viver o momento. Permita-se ser e estar, goze os prazeres da vida sem medo.

2 de outubro de 2011

Martha Medeiros

      Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e os maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. Isso é que libera a gente para ser feliz de novo.



29 de setembro de 2011

SEDUÇÃO: Intensidade, Desejo e Prazer


Injurias alimentam pensamentos pecaminosos. Incestos rodeiam meu fantasiar, 
tomado pela culpa não posso negar que me encontrei na imensidão de desejo, 
sadismo, loucura e traição. 




Tentei recuar mais não sabia 
o caminho certo pra voltar, ousei disfarçar 
e não pude ocultar os anseios 
de lhe tomar de assalto. 
Um beijo quente e doce te arranquei, 
rasguei tuas roupas, te tomei por inteiro,
na contramão do natural, desafiei o trivial, 
o banal, pra te domar. 


    Consumir teu corpo te fazer delirar num misto de desejo, magia e perversão,  te fiz provar do meu gosto da minha sedução, roubei teu suspiro, tua reação,  te fiz meu cúmplice à maldição de sempre lembrar, o quão gostoso foi domar todas as arrias do bom senso só pra consumar a necessidade de em você, me encontrar.

Ricardo Oliveira

13 de setembro de 2011

Monocromático

Quando a dádiva da vida
ou a plena consciência da morte
te tomar sorrateiramente, não se assuste,
pois essas andam lado a lado
de tempos em tempos elas passam
despercebidamente ao nosso redor.
Enquanto vive-se feliz não percebemos
 qual a profundidade de uma dor,
tudo é cor de rosa, azul ou a cor de sua preferência.



Mas quando passamos por dias obscuros,
vemos que cores são ilusões que nos ensinaram a enxergar,
tudo é monocromático e amargo, é inevitável passar por esse dias
mas a forma que se sai deles é que te diferencia.

Pode-se sair deles como um perdedor depressivo e amargurado,
ou como um guerreiro que se prepara para uma nova batalha.
Mas uma coisa é certa quando temos uma boa companhia
é menos desagradável passar por tempestades
e quando essa falta talvez possamos cair,
mas jamais ficar prostrados será a melhor forma de reagir.

Mas e quem disse como devemos agir?
Se o próprio poeta já dizia que a vida é uma escola.
Sei que em momentos sem cores, posso não entender nada,
mas tudo passa, e isso também passará.

Um dia estaremos felizes e realizando sonhos
que por hora ainda parecem impossíveis
E tudo terá as cores que escolhemos,
e nada mais poderá ser separado.

Mas por enquanto podemos refletir e esperar,
sabendo que o tempo cura e alivia todas as dores
e decepções vividas.

Lilian Marinho

11 de setembro de 2011

O amor faz bem a quem?



   Dizem por ai que amor faz bem ao ser que ama, mas será mesmo? Porque uma das piores dores é não ser correspondido. Pois bem sejamos sinceros: quem nunca teve um amor platônico? Creio que todos já passaram por isso e nem precisa ser platônico.
    Às vezes é necessário para o crescimento, amadurecimento geral, mas é muito vazio e até sombrio. Um momento vemos que tudo passa: dor, alegria, prazer. E o que nos basta é um sentimento meio tímido e distante do qual não nomeamos até para não haver um apego ao próprio. Não acontece a toda hora de encontrarmos alguém que seja essencial para nossas vidas, mas mesmo assim continuamos na luta e acreditando na beleza de uma vida com sentimentos. Alguns céticos dizem que isso é patético, mas os sonhadores dizem que ainda é possível em meio a tanto tormento e luta amar. Vamos olhar as possibilidades e rever os conceitos, pois o amor pode estar ao lado e nem perceber você consegue. Enquanto eu caminho lutando pela vida e pelos meus sonhos espero de repente esbarrar com o amor e dizê-lo pelo menos: bom dia senhor amor!
    Dentre toda essa viagem pela psique analisando o sentimento podemos falar que é tudo muito simples quando não perdemos tempo dando oportunidades a sentimentos inúteis ou relativamente sem importância, que esperar seja ruim e incômodo é fato, mas desistir não... Porque amar ainda vale à pena.

Lilian Marinho

10 de setembro de 2011

Decepção: Fuga ou opção?

Não! Não negue.
Não há no mundo motivação maior que ler
um oculto “eu te amo” sussurrado
no silencio de um olhar.

    Admita! Não poucas vezes, decepção é por amor. Mentes que mentem fantasiam abrigo em suas tristezas, acomodada, abre mão de toda uma vida, perpetuando dois minutos de lamurias. Toma a solidão como remédio moderno para estar só, assume liberdade estando sob o cárcere da emoção. Carrega as desculpas de um ególatra, de fronte erguida como se levasse consigo o orgulho de uma nação ferida, acovardada em viver um amor avassalador. Diz ser consciente de todo bem que carrega no próprio ser, carregando lagrimas de amarguras abandonadas, jamais choradas, nega a queda no abismo da ilusão de magoas desacreditada nunca cicatrizada, é incapaz de reconhecer as mazelas de sua razão.

Nega. Veemente se apega a negação.
Admitir encarar o amor de frente e se impactar,
a ponto de o choque lhe arrancar o ar,
mas outra vez nega, ser capaz de amar.

Ricardo Oliveira
  

9 de setembro de 2011

Aprendizado e Gratidão

    Vi uns vídeos sobre a vida sentimental da cantora/pastora Ana Paula Valadão, que a Nayara (amiga) publicou no mural dela (no Facebook - rede social), e o outro que achei por acaso no Youtube. Isso me fez pensar, e escrever.
    Às vezes Deus diz que é hora de renunciar, assim como disse a Ana, como disse a mim e como disse a Nayara, e nós resolvemos bater o pé contra a vontade de Deus por não ver (ou não ter capacidade de ver) o que Ele nos reserva no futuro, ou até mesmo por achar que não há nada além dali. BURRICE! Qualquer coisa que Deus tenha preparado pra cada um de nós, é muito melhor do que nossos melhores planos. Persisti muito na minha vontade, no que eu queria que fosse plano de Deus pra minha vida, e só me feri, só feri, só errei. Apesar da dor, não me arrependo, aprendi.
    Apesar de ainda estar engatinhando, já colho os frutos da minha renúncia. Permiti que minha fé fosse maior que minha humanidade, e abri mão dos MEUS SONHOS para sonhar OS SONHOS DE DEUS. Hoje talvez, eu não seja a pessoa mais madura e ainda esteja bem longe do nível de maturidade que devo atingir, mas tenho certeza de que já caminhei bastante e pretendo caminhar mais, com Deus sempre, é claro.
    Mesmo que tenha sido um aprendizado doloroso, sou grata à Deus por permitir que eu vencesse esse degrau, por não ter me desamparado, por ter colocado pessoas lindas e abençoadas no meu caminho durante todo esse processo, as pessoas que foram colocadas no meu caminho por Deus ainda estão aqui, pq o que vem de Deus é eterno. Também sou grata a todas as pessoas que "facilitaram" a minha dor, acho que elas não sabiam o quanto estavam me beneficiando com a intenção de maleficiar. Se hoje sou melhor, mais forte, é graças à Deus e a vocês também. Meus amigos me ajudaram a suportar, segundo a vontade de Deus, mas vocês fizeram de mim alguém melhor. 
    Escrevi isso por gratidão. OBRIGADA Senhor, como na canção "Eis-me Aqui", foi na fraqueza do meu ser que Tu manifestaste o Teu poder, e eu sobrevivi porque maior é o que está em mim, do que o está aí pelo mundo. LIVRA-ME Pai, livra a Nayara, e as pessoas que amam com o coração, e de verdade, também são amadas. Ser feliz nos dias de hoje, é raro... E isso incomoda. Guarda nossos sonhos, nossos sentimentos, e nos permita caminhar segundo a Tua vontade. Pode ser que isso tenha sido uma oração, então: Amém!

Andrezza Mascarenhas

8 de setembro de 2011

Paladar Emocional


    O paladar emocional se esvai. À medida que o amor esfria, a distancia de comunicação pode ser o martírio principal pra solidão relembrar velhos fatos é enfadar a alegria de nostalgias retóricas.

 
É roubar o real sentido 
que propomos ao coração,
é acobertar a alma de inquietação,
é negar privilégios, é admitir sacrilégios
sem devoção alguma à emoção,
é regurgitar todo o bom senso da razão.



    Há falta de entendimento entre estar bem e estar certo nos assuntos da emoção, negar que amar é jogar-se sem nada esperar, assemelha-se a questionar erros do passado sem considerar todas as provações do presente pra junto estar.

É anistia, razão negando emoção é loucura,
desejo de se libertar maquiando
os reais sentidos com valor ineficaz,
sem ponderar todas as razões
que um dia existiram pra amar.

    É não considerar todo o valor da relação, é aceitar viver desprovido de motivos pra dedicar, uma canção, um perfume, ou uma simples ligação. É aceitar viver livre sem poder voar, é negar descaradamente que um dia soube amar.

É admitir de maneira falha, que nunca quis abandonar
mas nunca teve força o suficiente pra continuar,
é admitir poderio sendo fraco,
experiência sendo imaturo.

    É estar fundamentado em devaneios ilusórios de alegrias escassas, é simplesmente cobiçar com desdém a vida que nunca vai levar, porque um dia admitiu ser superior na arte de amar.

Ricardo Oliveira

5 de setembro de 2011

Lições do Tempo


Estrategista, o tempo me despiu de certezas efêmeras,
oportunista de verdades ocultas,
se encarregou de ensinar,
que há um tempo determinado pra todas as coisas.

Sábio, lecionou-me sobre o momento, de fazer as escolhas certas.
Na arte da espera, fez-me um exímio samurai,
aprendendo a lidar com aquilo que não posso mudar, 
ensinado a mudar tudo aquilo que não pode esperar.

Sussurrou-me que chumbo trocado, 
não dói, e culpa
pode estar aonde menos se espera, 
ou talvez em lugar algum.
Ditou que partes importantes de mim
 podem em momentos me ser tiradas,
mas que sempre haverá à hora 
de juntar os cacos e recomeçar,
Reestruturar-me e restabelecer a mente,
disse que não posso me dar ao luxo
de chorar minhas perdas
e perder a visão das minhas muitas vitórias.

Autoflagelação machuca a alma,
lembrou-me nas guerras da vida, 

vitórias e derrotas são comuns.
Perdas e Ganhos: conseqüências.
Lembranças nostalgias.
Sabedoria: uma arma.
Paciência: o segredo do sucesso.
Esperança: um trunfo.
Confiança: a diferença entre ganhar ou perder.
Exigiu-me esperar armado, esperançoso e confiante,
cônscio que um dia é melhor que o outro 
e não vale a comparação.
O que ontem era hoje pode não ser, 
e amanhã só o destino pode dizer.

Ricardo Oliveira