22 de agosto de 2011

Cartas à Decepção


Enfim,
sozinho me encontro num canto,
não em abandono, pensativo.

Escrevo cartas à ironia,
sem intenção, ela me causou decepção,
sinceramente eu não sei como dizer.



   Hei decepção!? Agradeço por me oferecer as melhores amizades que poderia escolher, eles me são forças nos momentos de maior hesitação, são exemplos de boa ação.
    Obrigado! Agradeço por despertar em mim um sentimento que você não soube compreender, e me conceder o direito de encontrar em outra paixão todos os desejos de realização. Obrigado por não aprender a me amar e me rejeitar, dando-me a chance de em uma nova paixão me encontrar.
Sou grato, por tudo que ao seu lado não pude viver, bem sei que o sentimento em mim despertado não era pra você. Agradeço pela sinceridade em declarar que o erro não estava em mim, mas sim em você. Discordo, o erro nunca foi em você e sim  estar com você, o sentimento que por ti alimentava destratava a minha sede de transgressão. Hoje reconheço o quão grande eram meus sentimentos pra sua limitação.
    Hei decepção, obrigado. Obrigado por me permitir sonhar e não me deixar dizer que não valia à pena lutar. Minhas batalhas por você fizeram-me compreender o valor das guerras que hoje guerreiam por mim.
    Foi um prazer contar com você para essa minha vitória da emoção. Hoje me entrego de corpo e alma a uma sincera paixão que me tira o ar, me faz delirar em sonhos de desejo e prazer me faz viajar. Obrigado por me permitir viver, tudo aquilo que você não era capaz de me oferecer.

Ricardo Oliveira

21 de agosto de 2011

Voz da Ansiedade


    Se sou quem sou, por que não acho que seja quem deveria ser? Se sou um rompante de boas ações, quem sou num rompante de atitudes levianas? Se sou a impulsividade de hipocrisias, quem sou na impulsividade de grandes verdades? Se sou um olhar de desejo, quem sou no desejo de um olhar? Se sou a fala, quem sou quando algo me cala? Se sou um grito silencioso de ansiedade, quem sou eu no silencio da ansiedade?
    Ansiedade, ansiedade... Ansiosamente te espero passar, na ironia do tempo me encontro. Em desalento, desatento me invento, seguro de mim, convicto com todas as inseguranças da espera, tomo intento nas algemas que acorrentam a paciência. Longe da minha essência, me atento as razões que promove a incoerência, entrego-me contando as horas, vendo no vago espaço das minhas incertezas minha ignorância Desafiar à compreensão alheia quanto a quem sou eu.
    Ansiedade por que fazes de mim vitima de mim mesmo? Por que aprisiona a minha emoção a inquietante intenção de reação? Bem sabe que nada em mim controlo, nada em mim exerce força maior do que a espera no acaso. Ansiedade por que define quem eu seja diante daquilo que não sei ser? Por que nega meu eu a mim mesmo? Ansiedade, quem sou pra ti que não sejas pra mim?
    Aguardo nos silêncios a resposta que não virá, pois sei que bem fazes de mim lobo das minhas próprias certezas, vitimado por minhas próprias escolhas. Navegante do mar de ilusões contidas na ausência de exatidão, quem sou? Uma voz na multidão.

Ricardo Oliveira

20 de agosto de 2011

Filho de Davi: significado.

    Algumas pessoas se perguntam por que a palavra diz em João 3.16 que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, e a expressão “Filho de Davi” é tão usada para referir-se a Jesus Cristo. Vou tentar explicar de forma que todos entendam, sem fazer grandes aprofundamentos teológicos.  
    Davi é conhecido, biblicamente, por sua fraqueza física. O varão – homem de Deus – mais novo dentre seus irmãos, de aparência frágil, que se destacou pela verdade em seu coração, humildade, ousadia e pela fé que depositou em Deus. O nome “Davi” significa "querido, amado de Deus", pois em todo tempo Davi foi leal e obediente aos propósitos de Deus, e ainda quando foi infiel, envergonhou-se de si e confessou seu erro a Deus, desapegando-se do que o mantivera no erro.
    Deus se alegrava do que via no coração de Davi, e por meio de fé e perseverança, Davi conquistou intimidade com Deus, ou amizade. Os anos passaram, e um dia Deus prometeu a Davi que por meio de sua descendência mandaria Seu filho, e este advogaria pela humanidade para sempre. José – filho de Jacó*, e esposo de Maria - era descendente de Davi e foi pai de Jesus, por esse motivo nasceu o termo "Filho de Davi", porque Jesus é "filho da promessa de Deus sobre a vida do rei Davi".
    Davi era descendente de Abraão, portanto, também era herdeiro da promessa que Deus fez a Abraão de benção, prosperidade, e imensidão em sua descendência. Creio que ali Deus já estava preparando Jesus para vir a terra e comprar nossos pecados e enfermidades, mas isso já é outra história.

 Andrezza Mascarenhas

(alimente-se mais em II Samuel 7 e I Crônicas 17)


*: correção feita vide comentário anônimo do(a) leitor(a), grata.

Verdade Calada

    Escondi-me sob o guarda-chuva de ilusão para não encarar verdades alheias. Escolhi guardar-me, tranquei por dentro meu ego sem permiti-lo sair. Libertei minha inteligência das privações do egoísmo enxergando o horizonte além do miudísmo, desfiz dos caprichos da descrença, buscando reintegrar minha consciência refiz minha essência, minha coerência, abandonei meu antagonismo social, AQUI!
    Fui tudo e nada, aqui fiz das dores uma pagina virada, aqui recriei os anais da minha emoção, aqui reivindiquei libertação, aqui fui mais do que um dia pude crer, aqui falei de consciência, de incoerência de insensatez, falei de pequenez, de gratidão, aqui engrandeci assuntos do coração, aqui conheci os alicerces da minha razão.

Estéril de ingenuidades, abri mão de boas ideias,
cobri-me de sabedoria, pedi perdão por consumir meu ser.
 Aqui sou tudo com que sempre sonhei, aqui neguei minhas verdades,
aqui assumi minhas fragilidades, aqui sou altruísta, vigarista, malabarista, 
pessimistas, aqui estou totalmente só acompanhado de mim mesmo,
embora me despeça d’aqui não me vou.

Eu não sei omitir, aqui ouvi minha própria voz sem me permitir esquecer,
os dias correm devagar, consciente fui poeta enfadado, transcrevi nas entrelinhas 
sentimentos que de mim transbordam.
Aqui o tempo transcende a dor quando a espera é por amor.
Eu não vou separar a saudade da esperança,
fico a aguardar sob meu guarda-chuva as tempestades alheias de ilusão passar.

Ricardo Oliveira